Aos 43 anos, ela já não enxerga no espelho a vitalidade que ainda existe por dentro
O primeiro olhar é tímido. O semblante transparece um receio de expressar aquilo que realmente a trouxe até aqui, à mesa do consultório. A resposta para a primeira pergunta feita por mim soa de forma recatada, receosa, ligeiramente envergonhada. Com o rosto enrubescido, ela responde: “Eu já não gosto do meu olhar quando vejo meu reflexo no espelho”.
A frase, carregada de emoção, emana pelos lábios como uma forma de libertação. Após alguns segundos de silêncio, ela continua, dessa vez com um tom um pouco mais confiante: “tenho 43 anos e, ao olhar para mim, só enxergo meus olhos caídos, com aparência cansada e envelhecida”.
Ali, naquele primeiro contato entre nós, enxergo que há algo muito mais profundo que a questão estética: há o anseio por recuperar aquilo que já se foi, por se sentir jovem outra vez, por se livrar de uma aparência cansada que não reflete a vitalidade que ainda existe por dentro.
Continuamos a conversa. Ela conta que o peso do descontentamento tem se refletido em mudanças de comportamento. Pequenas atividades, como sair com amigos ou tirar fotos, tornaram-se fontes de ansiedade e desconforto. Rotineiramente, ela se vê evitando situações sociais e se escondendo atrás de óculos escuros, tentando disfarçar o que tanto a incomoda.
Após a conversa inicial, dou sequência à consulta tirando fotos do rosto em diferentes posições. Em seguida, a convido a analisar comigo cada detalhe dos olhos. E, ali, juntos, avaliamos as possibilidades e decidimos o que pode ser feito.
Ao ver na tela de nosso consultório as simulações de procedimentos e vislumbrar os possíveis resultados, o brilho retorna ao olhar e o sorriso é inevitável. “Vir até aqui foi a minha melhor decisão”, ela diz.
Certamente, o processo para agendar consulta com um especialista em blefaroplastia não foi fácil. Foram noites em claro pesquisando, lendo depoimentos e conferindo nas redes sociais os resultados conquistados por pessoas que já passaram pelo procedimento. Mas, ao final da consulta, ela reforça: “Me sinto pronta para seguir em frente e recuperar minha autoestima”. Para nós, é o que faz tudo valer a pena.