As pálpebras caídas ou ptose palpebral, como também é chamada, dão uma aparência de cansaço, intensificam as rugas e, em alguns casos, com quadro mais avançado de flacidez, podem até prejudicar a visão. Para esse problema há a indicação da blefaroplastia, uma cirurgia plástica que retira a flacidez da área superior e inferior dos olhos.
Diferente do que muitos pensam, ter pálpebras caídas não é uma exclusividade de pessoas mais velhas. Mesmo jovens podem apresentar o problema por uma questão genética. Há casos em que o paciente tem, além da pálpebra caída, uma flacidez maior em um dos olhos, o que prejudica a simetria do olhar.
Conforme o Dr. Rogério Leal explica, não existe indicação para a blefaroplastia, e sim quadro clínico. A cirurgia plástica pode ser feita a partir dos 19 anos e pode ser associada a outros procedimentos para obtenção de melhor resultado.
Além do excesso de pele, a blefaroplastia também pode corrigir a falta de preenchimento no chamado caminho da lágrima com a transposição de gordura. Nesse procedimento o excesso de gordura da parte inferior dos olhos é deslocada para baixo, e, dessa forma, a cirurgia também contribui com a melhora das bolsas de gordura e olheiras.
Veja como funciona esse tipo de blefaroplastia:
A pálpebra caída pode ser causada por fatores, como envelhecimento, emagrecimento, AVC, diabetes e outros problemas de saúde. Entretanto, a condição também pode ser uma característica física natural da pessoa.
No caso do envelhecimento, a flacidez aparece por conta do enfraquecimento do músculo que eleva a pálpebra. Com os anos, é normal que a pele perca a firmeza, a área dos olhos e o chamado “bigode chinês” são os primeiros a apresentarem sinais.
Além de um incômodo estético, existem casos em que as pálpebras caídas são acompanhadas por bolsas de gordura abaixo dos olhos, que prejudicam a visão.
Para todos esses quadros, existe a indicação da blefaroplastia que, isolada ou associada a outros tratamentos estéticos, garante a recolocação das pálpebras no lugar certo.
A blefaroplastia é feita por meio de incisões na dobra natural das pálpebras e na área inferior dos olhos. O corte é feito sobre a linha dos cílios, por onde é retirado o excesso de pele e gordura. Como os cortes são feitos em áreas escondidas, o paciente não terá cicatrizes aparentes.
Esse procedimento pode ser realizado com sedação local ou anestesia geral, a indicação depende do cirurgião. Dependendo da complexidade, a cirurgia pode durar de uma a quatro horas, e o paciente tem alta no mesmo dia.
É normal o inchaço, que pode ser tratado com compressas frias, feitas com bolsa de gelo ou gazes umedecidas com soro fisiológico. Também pode ocorrer quadro de dores leves que pode ser controladas com analgésicos prescritos pelo médico.
A recuperação é relativamente rápida. Em geral, os pontos são retirados sete dias após a cirurgia, e o paciente já é liberado para retornar ao trabalho.